ATA DA DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO SOLENE DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 18-04-2000.

 


Aos dezoito dias do mês de abril do ano dois mil reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezessete horas e vinte e nove minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada à entrega do Prêmio Artístico Lupicínio Rodrigues ao Músico Jerônimo Jardim, nos termos do Projeto de Resolução nº 015/00 (Processo nº 0861/00), de autoria do Vereador João Motta. Compuseram a Mesa: o Vereador Adeli Sell, na presidência dos trabalhos; o Senhor Gilmar Etelvein, representante da Secretaria Estadual da Cultura; o Senhor Luiz Coronel, representante dos compositores do Rio Grande do Sul; a Senhora Izabel L'Aryon, representante do Sindicato dos Compositores Musicais do Rio Grande do Sul; o Senhor Jerônimo Jardim, Homenageado. Após, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem a execução do Hino Nacional e, após, concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Gerson Almeida, em nome do Vereador João Motta e das Bancadas do PT, PDT, PSDB, PMDB e PSB, destacou a justeza da concessão do Prêmio Artístico Lupicínio Rodrigues ao Senhor Jerônimo Jardim, tecendo considerações sobre aspectos atinentes à produção cultural de Sua Senhoria e declarando que a obra do Homenageado contribui para a valorização do cenário musical da Cidade de Porto Alegre. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Luiz Coronel, que saudou o Senhor Jerônimo Jardim pelo recebimento do Prêmio Artístico Lupicínio Rodrigues. Em prosseguimento, o Senhor Presidente convidou o Vereador Gerson Almeida a proceder à entrega do Prêmio Artístico Lupicínio Rodrigues ao Senhor Jerônimo Jardim e, após, concedeu a palavra ao Homenageado, que agradeceu o Prêmio recebido. Na oportunidade, foram registradas as presenças dos Senhores Airton dos Anjos, Pedro Viver, Florisnei Tomás e Marlene Pastro. A seguir, o Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem a execução do Hino Rio-Grandense, interpretado pela Senhora Marlene Pastro, agradeceu a presença de todos e, nada mais havendo a tratar, declarou encerrados os trabalhos às dezoito horas e quatro minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Adeli Sell e secretariados pelo Vereador Gerson Almeida, como Secretário "ad hoc". Do que eu, Gerson Almeida, Secretário "ad hoc", determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada à entrega do Prêmio Lupicínio Rodrigues ao Músico Jerônimo Jardim, nos termos do PR nº 015/00, de autoria do Ver. João Motta.

Convidamos para compor a Mesa o nosso homenageado, Sr. Jerônimo Jardim; o Sr. Gilmar Etelvein, representante da Secretaria Estadual de Cultura; Sr. Luiz Coronel, representante dos Compositores do Rio Grande do Sul e a Sr.ª Izabel L’Aryon, representante do Sindicato dos Compositores Musicais do Rio Grande do Sul.

Convido todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional.

 

(Executa-se o Hino Nacional.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Gerson Almeida está com a palavra em nome do proponente o Ver. João Motta, impossibilitado de comparecer, e pelas Bancadas PT, PDT, PSDB, PMDB e PSB.

 

O SR. GERSON ALMEIDA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda componentes da Mesa e demais presentes.) Coube a mim, em nome do Presidente da Câmara, Ver. João Motta, proponente do Prêmio Lupicínio Rodrigues ao nosso compositor Jerônimo Jardim, representá-lo em função da impossibilidade da sua presença. Eu faço isso com grande prazer, mas, para dizer a verdade, não sei se estou à altura dessa responsabilidade. Eu conheci, pessoalmente, o Jerônimo Jardim há poucos minutos, mas conheço seu trabalho. É alguém que faz parte da formação cultural e musical do Estado do Rio Grande do Sul. Nós aprendemos a conhecer, a admirar e a gostar de música, escutando, entre tantos outros importantes e qualificados artistas do nosso Estado, as músicas inesquecíveis de Jerônimo Jardim. De uns tempos para cá, a sua carreira, por uma série de fatores, inclusive por opção, acabou se distanciando do grande público, de shows mais sistemáticos, sem ter se afastado da atividade artística. Nós lamentavelmente não privamos do círculo de companheiros artistas e músicos que convivem com o Jerônimo, acabamos reservando na memória aquelas músicas que nos fizeram muito bem e que, até hoje, temos bem presente.

O fato de estar aqui representando o Vereador proponente desta homenagem, companheiro João Motta, no momento em que me foi solicitada esta tarefa que faço com prazer e gosto, me possibilitou puxar pela memória uma série de momentos que estão vinculados à música de Jerônimo Jardim, e que, para mim e para a minha geração, trazem lembranças muito importantes. Lembranças de uma agitação cultural, de um momento de efervescência cultural, de busca de novos caminhos musicais, de busca de valorização das nossas raízes, da particularidade do saber, da cultura e releituras inclusive da música regional, da identidade deste nosso povo, desta nossa região, onde o Jerônimo é, sem dúvida nenhuma, uma das pessoas que representam com melhor capacidade, com grande sabedoria e com talento musical.

Esses momentos não são momentos para se falar de coisas particulares, intimistas, porque o nosso homenageado é o centro de toda esta solenidade, mas não há dúvida de que os artistas têm esta característica, e os músicos em particular, eles se vinculam indelevelmente à nossa formação, à nossa história e à nossa memória e, portanto, os artistas têm esta prerrogativa de serem parte constitutiva da formação de um povo, de gerações e firmam identidades muito fortes.

O Prêmio Lupicínio Rodrigues é concedido exatamente para que possamos registrar e deixar na memória da Cidade de Porto Alegre, através da Câmara de Vereadores, uma homenagem a esses homens e mulheres que, à frente dos movimentos culturais, da produção artística, musical, são capazes de valorizar não só a vida de cada um de nós, em particular, mas soldar identidades na nossa região, na nossa Cidade, no nosso Estado.

O Ver. João Motta teve uma iniciativa, sob todos os aspectos, feliz. Teve a adesão dos Vereadores de todas as Bancadas na Câmara, portanto é um título conferido pela unanimidade da Casa. O Prêmio Lupicínio Rodrigues fica muito bem conferido a ti, Jerônimo Jardim, pelo teus méritos. Tens entre tantas, uma particularidade em tua carreira que é ter tido o privilégio, - acredito eu - e a honra de ter tido suas músicas gravadas por outra das grandes artistas, - assim como Lupicínio Rodrigues - que marca a nossa memória cultural, que é a Elis Regina.

O fato de Elis Regina ter gravado uma das tuas mais belas músicas e ganhares, agora, o Prêmio Lupicínio Rodrigues, como cidadão e como músico, acredito que deve te dar muito orgulho e honra, porque, de fato, reúnes os dois. De forma diferente daqueles artistas que, assim como tu, ficarão em nossa memória, em nossa história. Essa homenagem é muito bem colocada e dignifica, com o teu recebimento nesta Sessão Solene, o próprio prêmio produzido e concedido pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre.

Coube a mim não só falar em nome do Vereador proponente desta Sessão, mas também em nome de outras Bancadas. Receba, então, essa homenagem, não apenas de um Vereador, mas da Câmara de Vereadores e da Cidade de Porto Alegre que, com certeza, gostaria de preencher esta lacuna, hoje, te concedendo o prêmio “Lupicínio Rodrigues”, ainda não conferido a ti.

Para concluir, faço um apelo - não é pessoal - para que, de fato, retomes, de uma forma mais ativa, a produção, a divulgação e a gravação das belas músicas que reuniu, também, alguns dos mais importantes músicos e compositores, entre os quais o Aírton dos Anjos e Luiz Coronel, para que possamos voltar a ter o prazer, de forma mais ampla, de acompanhar o teu trabalho. Muito obrigado, parabéns.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Sr. Luiz Coronel está com a palavra e falará em nome dos compositores, de todos nós e da Cidade de Porto Alegre.

 

O SR. LUIZ CORONEL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Lembro-me de um momento em que eu ia dar um pequeno recital de poemas na Feira do Livro e, ao subir os degraus, um menino cego me deteve. Com as suas mãozinhas trêmulas ele leu um pequeno verso para mim. Todos os aplausos que naquela tarde eu pudesse receber seriam pequenos perante aquela emoção.

Eu gostaria de ter hoje o poder de emoção daquele menino para transmitir para ti, Jerônimo, a maneira intensa e viva com que eu recebo esse convite por referir-se a um filho de Jaguarão e Bagé, cuja rima tem comigo, tem com esse Estado, tem com os músicos, tem com os letristas, tamanha integração. (Lê.)

“Ilustre homenageado, essa comunidade dispersa e perplexa dos músicos do Rio Grande do Sul, encara, com entusiasmo, o Prêmio Lupicínio Rodrigues que se concede a Jerônimo Jardim.

É um daqueles prêmios que honra a quem concede e a quem recebe, pois tem por base o mérito e por razão o saldo de uma dívida cultural.

Equívoco e precário é ligar-se ao homenageado a quem o homenageia na condição de saudante, posto que é sempre um repartir fatias da comenda.

Mas devo dizer que Jerônimo e este poeta fizeram o jardim da infância da música popular brasileira e gaúcha na mesma escola do Bar Estrela e dos fundos do Copacabana.

Desembarcava Jerônimo Jardim, de Bagé, com um container de sonhos e montávamos o espetáculo Rio Grande do Som, no Teatro da República.

Entre figuras notáveis como Ivaldo Reoque, Mutinho, Rosa Maria, Kleiton e Kledir, Luís Mauro, brilhava a nova estrela do Jerônimo.

Nossa parceria cresceu tanto quanto nossa relação de amizade.

E, talvez, aquilo que por tanto anos acreditávamos apenas exercícios de aprendizagem, de uma hora para outra, retornem com a inocência que têm as coisas verdadeiras.

‘Vem, densa noite e traz a paz tão imensa paz.

Conduz e desfaz mansamente a treva.’

Aqui está Jerônimo. Creio que Lupicínio encoberto em seu silêncio aprova esse momento.

Há entre ambos esse gosto pelo pungente, há entre ambos esse ímpeto de afirmar nossa terra com sua identidade criativa, num mundo tão frívolo, onde a Barra espirra e o Brasil se gripa, Ipanema balança e o País se requebra.

O grande mérito da gente gaúcha é exatamente este de vir em frente e criar, indiferente ao eco.

Criar como uma força irresistível. Criar como resistência. Criar, pois só isso nos salva, como disse o poeta Luís de Miranda.

Senhoras, Senhores, homenageado. Eis Jerônimo Jardim, que bem conheço e cada vez mais admiro. E nele não sei pensar sem lembrar Mara, sua mulher, seu talento e sensibilidade de escrever e definir um nexo amoroso, numa relação com um ser eminentemente artístico, o que quer dizer, visitado pela ventania dos sonhos, arrebatado pelas melodias, de difícil pisar no áspero chão cotidiano.

É para Mara, também, este prêmio.

Mas o que importa é percorrer esta jornada criativa de Jerônimo. Sua participação no pentagrama, sua presença na grande e relativamente frustrada tentativa de redimensionamento da música regional, nas primeiras Califórnias. Cobra Luz, Pialo de Sangue, Purpurina estão entre suas criações definitivas, na ótica e audição deste saudante.

Mais do que isto, integram as suas criações o que de melhor se fez nestes últimos anos de música popular do Rio Grande.

Como esquecer o Maracanazinho regurgitando de gente, e uma luz de purpurina brilhando, na criação de Jerônimo.

Como esquecer um astro aragano, colhendo machucantes incompreensões e voltando, anos depois, para o mais contrito e estrondoso aplauso. Tudo isto é Jerônimo.

Senhoras e senhores, componentes da Mesa Diretora dos trabalhos. Quero, como exímio senhor de furtos, entrar sorrateiramente na obra de Jerônimo, me apossar de suas jóias, para saudá-lo.

Jerônimo deixa suas digitais em nossa cultura. Ele tem a razão que há nos temporais, nas forças naturais que falam por si.

Na cor da esperança ele faz ouvir seu coração redemoinho.

Com Mara, um jeito suave de brisa do mar, caminha no tempo, levando sua canção às janelas que se abrem.

Eis um homem que colhe da tristeza o pão, bebe do tropeço do vinho, para se iluminar de paixão.

É de sonhos e galope de luz a sua música, seu verso, seu trabalho. Que homens como ele ensinem às novas gerações, a fidelidade a um sonho e, num mundo de ruídos e desencontros, entreguem o ritmo de seu coração e a melodia de sua ternura, para que viver se torne um pouco melhor”.

Jerônimo, o meu abraço e o abraço de todos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Quero anunciar a presença do Vereador Líder da Bancada do PPS, Lauro Hagemann.

Peço ao Ver. Gerson Almeida que proceda à entrega do Prêmio Artístico Lupicínio Rodrigues ao nosso homenageado, Jerônimo Jardim.

 

(É feita a entrega do Prêmio.) (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Todos nós estamos ansiosos para ouvir a sua palavra, Jerônimo Jardim.

 

O SR. JERÔNIMO JARDIM: Eu quero dizer que estou muito mais habituado a cantar do que a fazer discurso - os meus amigos todos, aqui, sabem, a minha mulher, Mara, também. Eu me sinto bastante nervoso, pois um prêmio como esse a gente recebe uma vez só na vida, e o fato de estar aqui, aos cinqüenta e cinco anos, recebendo este Prêmio e estando presente à solenidade - por óbvio, estou dizendo que esta não é uma homenagem póstuma -, me deixa muito mais satisfeito ainda.

As pessoas, quando constróem uma casa, constróem essa casa para morar; não constróem a casa para ser tombada pelo patrimônio histórico. O artista, quando cria a sua obra, o faz como uma forma de vida, como uma forma de sustentar a sua existência. Mas isso é só um jeito que a natureza, que todas as forças encontram de nos impulsionar, como quando o espermatozóide fecunda o óvulo, a realizar esse trabalho. Todos nós, individualmente ou de uma forma mais altruísta, trabalhando por todos, fazendo a sua parte no todo. E os artistas, de certo modo, servem de filtro do inconsciente coletivo, captando as imagens para que elas se perenizem, formando, assim um retrato da sua época para todos os tempos.

Fico muito contente em receber um prêmio que tem o nome do Lupicínio Rodrigues, uma pessoa que tive o privilégio de convivência: muito contente porque ele é o maior compositor de todos os tempos do Rio Grande do Sul. Fico muito feliz pela indicação ter partido do Sindicato dos Compositores Musicais do Rio Grande do Sul, ou seja, aquele que congrega a classe das pessoas, dos criadores de música. Muito feliz mesmo, porque logo me traz a lembrança a figura dos meus parceiros como Luís Coronel, que diz coisas tão bonitas, conseguindo transformar as coisas que dizemos em poemas maravilhosos, porque ele sabe lidar muito bem com as palavras. Traz-me a figura de todos os parceiros, de todos os músicos, de todos os arranjadores e me traz, também, a figura aqui presente do Airton dos Anjos, que sempre esteve presente nos meus melhores momentos na música.

E, principalmente, por estar recebendo da Casa do Povo, da Cidade de Porto Alegre, ou seja, o lugar que escolhi para morar, para construir a minha vida, onde obtive reconhecimento, onde obtive trabalho, tanto na música quanto na publicidade, quanto no Direito. Recebi esse prêmio do povo de Porto Alegre através dos seus representantes.

 Então, tenho o nome de Lupicínio ligado a esse prêmio, tenho o Sindicato dos Compositores do Rio Grande do Sul ligado ao prêmio, tenho a Casa de Porto Alegre também ligada ao prêmio – isso para mim é extremamente marcante.

Estava pensando no dia em que me falaram a respeito desse prêmio, quando a Isabel me ligou, estava pensando nos “Cem Anos de Solidão”. O Gabriel Garcia Marques cria um personagem fabuloso que é o Coronel Aureliano Buendia que se debate tentando descobrir o enigma das suas origens, se o lugar de origem seria o lugar dos seus mortos, ou o lugar dos seus filhos. Para mim isso não e motivo de angústia nenhuma porque eu tenho tantas terras; tenho Bagé, como um lugar onde eu tenho meus amigos de infância, onde eu tenho minha irmã, minha mãe, meus parentes e onde eu tenho os meus mortos; tenho Jaguarão como o lugar do meu nascimento; tenho em Rio Grande como o lugar onde eu encontrei a Mara e onde eu fiz a Faculdade de Direito; e tenho Porto Alegre, um lugar onde eu aprendi tanto, onde eu tenho os meus amigos mais queridos, e isso culmina agora com essa homenagem tão inesperada.

Não tenho muito mais a dizer, porque o resto tudo é emoção e emoção é quase intraduzível. Eu vou tentar cantar uma música que eu fiz, agora, nas férias que eu passei com meu irmão na Coxilha do Aedo, em Bagé. Foi a primeira vez que eu cantei “A Capela”, por ser uma emoção tão grande que eu senti, de estar sentindo o Rio Grande do Sul tão de perto na Campanha, lá na Coxilha do Aedo, eu acho que estou retribuindo com uma música inédita, festa de compositor, compositor está sempre angustiado, quer mostrar músicas inéditas, as pessoas querem as antigas, e ele quer as inéditas, eu quero mostrar uma inédita que eu fiz em homenagem ao Rio Grande. Homenageando o Rio Grande eu retribuo à capital de todos gaúchos. Diz assim: - Vou tentar, eu acho que vou estragar a maquiagem, em todo o caso:

 “O quero-quero é som de um clarim anunciando um verde sem fim,/um sol poente vermelho carmim,/compondo um hino aqui dentro de mim,/o meu Rio Grande é uma saga de amor que não carece de compositor,/faz-se sozinho nas mãos do peão, na prosa boa que vem do galpão.” Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Não poderíamos concluir esta Sessão, sem antes anunciar que, entre os vários presentes aqui, há, também, pessoas que contribuem para a nossa música e para a cultura do Rio Grande do Sul. Saudamos o Sr. Airton dos Anjos, o Sr. Pedrinho Viver, o Sr. Florisnei Tomás, a Marlene Pastro, entre outros. É uma felicidade tê-los aqui para homenagear a Jerônimo Jardim.

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Rio-Grandense que será interpretado pela nossa cantora Marlene Pastro.

 

(É feita a interpretação do Hino.)

 

Agradecendo a presença de todos, declaramos encerrados os trabalhos da presente Sessão Solene.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h04min.)

 

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